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Cientistas confirmam o derretimento de geleiras na Noruega

Segunda-feira, 10 abr 2006 - 06h30
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Um novo estudo relacionado ao aquecimento global mostra que aproximadamente 1.600 geleiras deverão desaparecer da Noruega nos próximos 100 anos. A afirmação foi publicada em um estudo da última edição da revista científica norueguesa "Cicerone". De acordo com cientistas do centro Bjerknes da Universidade de Bergen, cerca de 98% da superfície glacial na Noruega derreterá totalmente em 100 anos.

Segundo cálculos do professor Atle Nesje, as gelerias menores, com menos de 8 quilômetros quadrados, desaparecerão e somente 28 escaparão do degelo. A estimativa tomou como base base o aumento de 2.3ºC na temperatura média durante o verão. "Esse aumento não parece muito grande se comparado às temperaturas máximas no verão e no inverno, mas com o tempo, é mais grave do que pensávamos", concluiu o professor.

Pesquisadores estimam que 11 das 34 grandes geleiras norueguesas desaparecerão por completo e a área total será reduzida cerca de um terço, o equivalente a 876,5 quilômetros quadrados.

Para o estudo, os pesquisadores usaram os dados obtidos nos sedimentos acumulados no fundo dos lagos, que indicam a temperatura na Noruega no período pós-glacial entre 6.000 e 8.000 anos atrás. O fundo dos lagos formados imediatamente após o derretimento de geleiras é composto por areia e pedras.

Com esses dados, a pesquisa indica que a temperatura média há 8.000 anos, quando ainda não havia geleiras no país da Escandinávia, era entre 1.5ºC e 2ºC superior à atual. De acordo com Nesje, o processo de degelo é praticamente irreversível. As conseqüências diretas para o ecossistema serão um aumento do volume dos rios e perda de água potável. "As geleiras são uma reserva de água. Se as perdemos, também ficamos sem água", disse Nesje, que aconselhou que seja elaborado um plano de prevenção.

O professor também destacou que várias espécies desaparecerão e outras novas surgirão devido à alteração no ecossistema. A mudança climática afetará ainda a agricultura, a pesca, a produção energética e o turismo, disseram os analistas. Todos concordaram que a mudança climática é produto do homem, "além das variações naturais ou cíclicas".

As conclusões serão apresentadas de 26 a 28 junho, durante reuinão do IPCC, Grupo Intergovernamental de Analistas sobre a Mudança Climática, da ONU em Bergen, na Noruega.


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