O trabalho foi baseado em dados gerados pelos satélites Terra, Aqua e ICESat e deve ajudar os pesquisadores a montar um inventário de quanto as florestas mundiais armazenam e qual a velocidade com que os ecossistemas retornam esse gás na atmosfera. O estudo foi realizado pelo pesquisador Michael Lefsky , ligado à Universidade do Colorado e foi publicado essa semana na revista científica Geophysical Research Letters.
O novo mapa mostra que as mais altas florestas do mundo estão concentradas no Noroeste da América do Norte e partes do sudeste da Ásia. As árvores de menor estatura se concentram em grandes trechos no norte do Canadá e da Eurásia.
O novo mapa utilizou dados de mais de 250 milhões de pulsos laser disparados durante um período de sete anos. Como cada pulso retorna informações de uma pequena porção da superfície, o trabalho precisou do auxílio de outros instrumentos, especialmente do Sensor de Resolução Moderada MODIS, a bordo dos satélites AQUA e TERRA, que conseguem mapear grandes áreas de superfície, apesar de não fornecerem o perfil vertical.
Os resultados mostram que as florestas de coníferas de clima temperado, que são extremamente úmidas e contém árvores enormes como as sequóias ou abeto de Douglas, têm as copas mais altas, que crescem acima de 44 metros. Em contraste, as florestas boreais são dominadas por abetos e pinheiros, com copas normalmente inferiores a 22 metros.
O estudo também revelou que áreas relativamente intactas das florestas tropicais atingem cerca de 27 metros de altura, semelhantes em altura ao carvalho, faias e bétulas encontrados nas florestas temperadas e de folhas largas, comuns na Europa e nos Estados Unidos.
Com base no novo mapa, o cientista Sassan Saatchi, que trabalha junto ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (JPL), começou a combinar os novos dados de altura com outros inventários florestais, o que deverá resultar na criação do primeiro mapa da biomassa das florestas tropicais. O objetivo será usar esses dados para melhorar os modelos climáticos e as política sobre estratégias de gestão de carbono.