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Cientistas descobrem corrente de jato no núcleo da Terra

Quinta-feira, 29 dez 2016 - 10h45
Por Rogério Leite
Estudo publicado pela revista Nature Geoscience revelou que abaixo da superfície da Terra existe uma espécie de rio de ferro, fluindo centenas de milhares de vezes mais rápido do que o movimento das placas tectônicas.

O fluxo de ferro se localiza a cerca de 3 mil km de profundidade, na região líquida do núcleo da Terra.

A descoberta foi a partir de dados coletados pela constelação de satélites Swarm, lançados em 2013 pela Agência Espacial Europeia, ESA, para estudar o campo magnético da Terra.

De acordo com os cientistas, o fluxo está a cerca de 3 mil km de profundidade, na parte do ferro líquido do núcleo da Terra, próximo e abaixo do polo norte.

Segundo o estudo, essa corrente interna está se movendo a cerca de 40 km por ano e embora seja um processo lento quando comparado às escalas de tempo humanas é milhares de vezes mais rápido que o deslocamento das placas tectônicas. Além disso, segundo os pesquisadores, o movimento do rio incandescente parece estar se invertendo.

A descoberta desse fluxo de ferro foi possível após a observação de um padrão muito peculiar nas linhas do campo magnético no hemisfério norte, mais precisamente abaixo do Alasca e da Sibéria. No entender do autor do estudo, cientista Phil Livermore, o movimento das linhas magnéticas dessas regiões é um indicativo bastante claro de que há um fluxo de ferro em movimento abaixo da Terra.

Os cientistas acreditam que esse jato de ferro flui ao longo do limite entre duas regiões diferentes no núcleo. Quando o material no núcleo líquido se move para este limite a partir de ambos os lados, o líquido convergente é espremido para o lado, formando o jato.

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