Até agora, os especialistas sabiam que a ionosfera do planeta vermelho - que exerce grande atração sobre os cientistas devido à descoberta de indícios de vida - ocupava uma faixa de entre 110 e 130 quilômetros, com duas camadas diferentes.
As novas observações revelaram que existe uma terceira camada, de caráter intermitente, que parece se estender em uma faixa de entre 65 e 110 quilômetros, abaixo das duas outras. A origem desta terceira camada pode estar ligada à ação de restos de meteoritos e à troca de cargas de magnésio e ferro.
A ionosfera marciana ajuda a reter as áreas mais baixas da atmosfera de Marte perante a força de ventos solares.
Os estudos foram possíveis a partir de dados coletados pela sonda Mars Express. Os resultados da pesquisa, realizada por uma equipe internacional de universidades de Colônia e Munique, na Alemanha, e Stanford, nos Estados Unidos, foram publicados na revista Science.