Os resultados foram anunciados pelos cientistas Steve Chesley e Paul Chodas, ligados Programa de Objetos Próximo à Terra, NEO, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, durante encontro realizado na Divisão de Ciência Planetária da Sociedade Astronômica Americana, que se realizou em Porto Rico em 8 de outubro. Segundo os pesquisadores, as chances de um impacto no dia 13 de abril de 2036 foram reduzidas em cinco vezes caíram de 1 em 45 mil para 1 em 250 mil
Para chegar a esta conclusão, os cientistas utilizaram os dados observacionais da equipe do astrônomo Dave Tholen, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, que analisou diversas imagens do céu noturno feitas com o telescópio de 2.2 metros de Mauna Kea, também no Havaí, e que ainda não eram conhecidas dos pesquisadores. As observações foram complementadas com dados captados pelo Observatório Steward, no Arizona e pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico.
Além de refinarem os cálculos orbitais, Chesley e Chodas também identificaram uma terceira aproximação de Apophis para o ano de 2068, com chance de colisão de uma em 330 mil. "Se conseguirmos obter dados de radar em 2013, poderemos antecipar a localização de Apophis pelos próximos 60 anos" disse Jon Giorgini, do JPL. Nesta data Apophis passará a 14.4 milhões de quilômetros e permitirá aos astrônomos melhorar os modelos de trajetória para as próximas passagens.
Apophis, que em grego significa "destruidor", é hoje o corpo celeste mais vigiado no espaço. Atualmente se localiza a 300 milhões de quilômetros da Terra, com o Sol entre os dois objetos.
Saiba mais sobre o asteróide Apophis
Ilustrações: No topo, modelo tridimensional mostra a possível aparência do asteróide Apophis. Na sequência, posição do asteróide e da Terra em 13 de abril de 2029. Nesta data o asteróide passará a apenas 29 mil km de distância. Acima, concepção artística mostra a ejeção de material após o choque de um objeto de grandes proporções contra o oceano. Créditos: Apolo11/Celestia/Wikimedia Commons/Nasa/Neo/JPL.