De acordo com o geólogo Mike Perfit, antes desse evento os intrumentos registradores nunca estiveram tão bem posicionados.
A erupçao ocorreu a 600 km da costa do México, ao longo da cordilheira da Elevação do Pacífico Oriental.
A bordo do submarino Alvin, Perfit visitou o local pouco depois do evento. Segundo ele, desde os final dos anos 90 os geólogos estão realizando pesquisas intensivas nesta área e instalaram diversos detectores a mais de 2400 metros abaixo do leito oceânico, incluindo dezenas de sismógrafos.
Para recolher os dados registrados, os cientistas enviam aos aparelhos um sinal de rádio, que instrui os equipamentos a se desprenderem e boiarem até a superfície.
Em abril uma das equipes de cientistas visitou a área para recolher os instrumentos, mas notou que apenas quatro deles estavam flutuando sobre o oceano. Outros três equipamentos responderam ao comando mas não vieram à tona.
O fato intrigou os pesquisadores, que passaram a analisar o leito submarino. Constatou-se que água estava mais quente do que deveria e também mais turva, o que indicava uma possível erupção.
De volta ao laboratório a equipe confirmou a hipótese e enviou ao local outra embaração, com melhores equipamentos. As pesquisas revelaram a existência de lava vítrea, segundo Perfit, "nova em folha".
Ao contrário das violentas erupções que ocorrem na superfície da terra, os eventos submarinos liberam lentamente a lava devido à forte pressão da água. O resultado é a formação de estruturas parecidas com almofadas, que ficam alojadas no fundo do oceano.
Anos atrás, a região da erupão era um ecossistema extremamente rico, mas as câmeras enviadas ao local não detectaram outras formas de vida, além das bactérias que cobriam a lava.