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Com 286 modificações, a Discovery deverá ser lançada em 22 de maio

Quinta-feira, 21 abr 2005 - 08h31
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Inicialmente previsto para o dia 15 de maio, o lançamento da nave Discovery foi reprogramado, desta vez para o dia 22 de maio.

Os motivos que levaram ao adiamento do vôo por uma semana se devem à necessidade de maior tempo para análise dos resultados do novo sistema de sensores orbitais - um braço robótico montado no compartimento de cargas, equipado com uma série de instrumentos e câmeras de vídeo.

Os astronautas irão usar este braço para inspecionar as placas cerâmicas de isolamento térmico nas asas e nariz da Discovery, em busca de algum dano que possa ocorrer no momento do lançamento.

O ônibus espacial permanece em terra desde fevereiro de 2003, quando o transportador Columbia se partiu em vários pedaços durante a fase da re-entrada, momentos antes de aterrisar no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.

A janela de lançamento desta missão do ônibus espacial vai do dia 15 de maio a 3 de junho, quando uma série de manobras permitirá o acoplamento do transportador à Estação Espacial Internacional - ISS.

Esta janela também limita os próximos dois lançamentos, que deverão ser feitos durante o dia, já que a agência espacial americana deverá testar novas câmeras terrestres de rastreamento, que deverão acompanhar a nave desde a fase de lançamento até sua entrada na atmosfera.

Se a NASA não puder lançar a Discovery até o dia 3 de junho, o lançamento deverá ser adiado até a metade de julho, para que as condições ideais sejam satisfeitas.

Técnicas de reparação


Em agosto de 2003, a CAIB - Comissão de Investigação Independente para o Acidente da Columbia - concluiu que uma peça de espuma isolante se desprendeu do tanque externo da Columbia, ainda na fase de lançamento, e atingiu uma das secções da asa esquerda, abrindo uma pequena fenda. Alguns dias depois, ao atingir a fase da re-entrada, os gases superaquecidos devido ao atrito penetraram através da rachadura, incendiando a nave.

Toda a parte inferior dos ônibus espaciais é coberta com pequenas placas de isolantes térmicos. O cone e as asas são cobertos com painéis térmicos de carbono reforçado. Essa é a técnica usada para proteger o transportador do intenso calor da re-entrada.

Antes do acidente da Columbia, os astronautas não tinham nenhuma forma de inspecionar o sistema de proteção térmica e repará-lo ainda em órbita.

O desenvolvimento desta capacidade foi uma das 15 recomendações relativas à proteção térmica que a CAIB propôs à NASA antes de qualquer retorno ao espaço dos ônibus espaciais.

No total, o projeto da Discovery conta com 286 modificações feitas desde o acidente da Columbia.

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