Os motivos que levaram ao adiamento do vôo por uma semana se devem à necessidade de maior tempo para análise dos resultados do novo sistema de sensores orbitais - um braço robótico montado no compartimento de cargas, equipado com uma série de instrumentos e câmeras de vídeo.
Os astronautas irão usar este braço para inspecionar as placas cerâmicas de isolamento térmico nas asas e nariz da Discovery, em busca de algum dano que possa ocorrer no momento do lançamento.
O ônibus espacial permanece em terra desde fevereiro de 2003, quando o transportador Columbia se partiu em vários pedaços durante a fase da re-entrada, momentos antes de aterrisar no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
A janela de lançamento desta missão do ônibus espacial vai do dia 15 de maio a 3 de junho, quando uma série de manobras permitirá o acoplamento do transportador à Estação Espacial Internacional - ISS.
Esta janela também limita os próximos dois lançamentos, que deverão ser feitos durante o dia, já que a agência espacial americana deverá testar novas câmeras terrestres de rastreamento, que deverão acompanhar a nave desde a fase de lançamento até sua entrada na atmosfera.
Se a NASA não puder lançar a Discovery até o dia 3 de junho, o lançamento deverá ser adiado até a metade de julho, para que as condições ideais sejam satisfeitas.
Toda a parte inferior dos ônibus espaciais é coberta com pequenas placas de isolantes térmicos. O cone e as asas são cobertos com painéis térmicos de carbono reforçado. Essa é a técnica usada para proteger o transportador do intenso calor da re-entrada.
Antes do acidente da Columbia, os astronautas não tinham nenhuma forma de inspecionar o sistema de proteção térmica e repará-lo ainda em órbita.
O desenvolvimento desta capacidade foi uma das 15 recomendações relativas à proteção térmica que a CAIB propôs à NASA antes de qualquer retorno ao espaço dos ônibus espaciais.
No total, o projeto da Discovery conta com 286 modificações feitas desde o acidente da Columbia.