Logo após o pôr do Sol, as pessoas presentes começaram a procurar pelo cometa, que deveria surgir acima e à esquerda do astro-rei, mas as insistentes nuvens, aliado à camada de poluição vistas no horizonte, pareciam querer frustrar a observação.
Aproximadamente às 20h20, com o céu ainda ligeiramente claro, o cometa começou a ser vislumbrado contra o fundo laranja-escuro. Inicialmente tímido, quase invisível, era alvo dos diversos binóculos e telescópios montados em uma espécie de observatório público. Aos poucos as pessoas presentes começaram a ver o astro com maior facilidade, sem emprego de instrumentos.
Logo após ser avistado, pequenas filas começaram a se formar. Todos queriam ver o cometa mais de perto, através das lentes dos telescópios e binóculos devidamente posicionados. Com os intrumentos era possível ver diversos detalhes da cauda e coma do objeto.
Localize um local com vista para o horizonte oeste, onde o Sol se põe. Espere pelo menos uns 15 minutos e procure pelo astro, que deverá estar à esquerda do pôr-do-Sol, a mais ou menos 10 graus de elevação. Quando localizar o cometa, experimente usar um binóculo. A visão será muito melhor. Se quiser, tente fotografá-lo aproximando a lente da máquina digital à ocular do binóculo. Se tiver uma máquina com uma boa teleobjetiva, sua foto vai ficar excelente ! E não esqueça de enviá-la pra gente , hein !
O cometa deverá ficar visível por pelo menos uns 3 ou 4 dias, mas seu brilho irá diminuir gradativamente, dificultando a observação. O gráfico abaixo ilustra onde econtrar o C2006 P1.
Coma
Quando um cometa se aproxima do Sol, o calor vaporiza o material congelado produzindo uma nuvem nebulosa, de material gasoso, que passa a circundar o seu núcleo e que recebe o nome de coma. Deste modo, definimos como coma de um cometa a nuvem de gás, aproximadamente esférica, que circunda o núcleo de um cometa. A coma consiste de vapor de água, gás de dióxido de carbono e outros gases neutros que sublimaram a partir do núcleo sólido. Estes gases brilham tanto por refletirem a luz solar incidente sobre o cometa como pelo processo de emissão luminosa produzida pelas moléculas excitadas. A coma e o núcleo formam a cabeça do cometa. As comas dos cometas podem se extender por até meio milhão de quilômetros a partir do núcleo.
Cauda
À medida que o núcleo de um cometa começa a se desintegrar, ele também produz uma trilha com material que é arrancado de sua superfície. Este material forma a cauda do cometa. Os cometas possuem duas caudas:
Cauda de poeira: é a trilha de poeira arrancada do cometa e que é deixada para trás à medida que ele se desloca no espaço. A cauda de poeira está situada ao longo da trajetória orbital do cometa.
Cauda de íons ou gás: que aponta sempre na direção contrária ao Sol.
As caudas dos cometas podem se extender por milhões de quilômetros.
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