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Com transmissão ao vivo, missão OSIRIS-REx chega ao asteroide Bennu

Segunda-feira, 3 dez 2018 - 10h53
Por Rogério Leite
Alguns dias após pousar no planeta Marte, a agência espacial americana dará um novo passo na exploração espacial, desta vez completando a fase de aproximação ao asteroide 101955 Bennu, distante 120 milhões de quilômetros da Terra.




Assista ao vivo


A aproximação ao asteroide ocorrerá entre 14h00 e 15h00 pelo horário de Brasília e será retransmitida ao vivo pelo Apolo11.

Esta fase da missão marca o início de prospecção indireta do asteroide Bennu, uma espécie de preparação para a fase mais importante. Durante a chegada, a nave executará uma série de pequenos disparos de foguetes, que farão a nave se estabilizar a cerca de apenas 20 quilômetros de altitude.


Se tudo der certo, após estudar e mapear a rocha a OSIRIS-REx se aproximará da superfície do asteroide em julho de 2020 e através do braço robótico TAGSAM recolherá aproximadamente 65 gramas de material rochoso. Essa amostra será colocada em uma pequena cápsula que será enviada à Terra, com chegada prevista para 2023.

A OSIRIS-REx


A OSIRIS-REx foi lançada em 8 de setembro de 2016 e desde então já percorreu mais de 2 bilhões de quilômetros até chegar ao asteroide.

A missão é desenvolvida feita em conjunto entre o Laboratório Lunar e Planetário da Universidade do Arizona, o Goddard Space Flight Center, da Nasa e a Lockheed Martin Space Systems. A equipe cientifica é formada por membros dos EUA, Canadá, França, Reino Unido e Itália.


Imagem da câmera SamCam mostra o braço robótico TAgSam próximo ao asteroide Bennu.


Instrumentos da OSIRIS-REx


Entre os instrumentos a bordo da OSIRIS-REx estão um conjunto óptico chamado Ocams, que consiste de três câmeras:


* PolyCam: Um telescópio de 8 polegadas, que imageou o asteroide quando a nave estava a 3 milhões de km de distância e agora servirá para registrar Bennu em alta resolução nos próximos meses.

* MapCam: Uma câmera de alta resolução que buscará por satélites e plumas de gás e mapeará o a superfície do asteroide.

* SamCam: Que documentará todas as etapas de aquisição de amostras.


Além das câmeras, compõe a nave o instrumento OLA, um altímetro-radar que ajudará a determinar a altura até a superfície, um espectrômetro térmico que medirá a temperatura das diversas rochas e minerais, além de um espectrômetro de luz visível e um espectrômetro de raios-x.

A cereja do bolo é o braço robótico TAGSAM (Touch-And-Go Sample Acquisition Mechanism) que coletará rochas e poeiras da superfície da rocha, desenvolvido pela Lockheed Martin.


Asteroide 101955 Bennu


O asteroide Bennu tem 500 metros de largura e se desloca a 100 mil km/h. Segundo os pesquisadores, a rocha foi escolhida por se tratar de um asteroide carbonáceo muito antigo e que de acordo com os estudos está repleto de materiais que predominavam no início da formação do Sistema Solar.
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