Philae está neste momento a 303 milhões de quilômetros da Terra, sobre alguma localidade ainda desconhecida da superfície do cometa 67P/ChuryumovGerasimenko. A sonda chegou ali em 12 de novembro de 2014 as 14h32 BRT, após se desacoplar da nave-mãe Rosetta, que atualmente orbita o cometa.
Após uma aterrissagem bastante difícil, que fez o pequeno robô de 100 quilos quicar muito longe na superfície do cometa, Philae transmitiu uma série de dados e imagens sobre o ambiente, mas a posição desfavorável do pouso em relação ao Sol fez com que a sonda não recebesse luz suficiente para carregar as baterias.
Após sessenta horas transmitindo dados científicos e praticamente sem energia, o computador de bordo entrou em modo de hibernação. Essa operação praticamente selou a missão Rosetta.
Às 17h28 de 13 de junho, o centro de operações da Agência Espacial Europeia, ESOC, situado na cidade de Darmstadt, na Alemanha, recebeu uma série de pacotes de dados vindos da nave Rosetta, mas que informavam sobre os parâmetros da Philae. Isso significava que o robô havia saído da hibernação e entrado em contato com a Terra.
De acordo com Stephan Ulamec, diretor de operações da missão Rosetta, Philae está muito bem. "Conseguimos contato durante 80 segundos e as informações são bastante animadoras", disse Umaec. "A temperatura de bordo está em -35 graus e as baterias estão com 24 watts de capacidade. Estamos preservando a Philae, mas parece que nosso robozinho está pronto para as operações".
Com o retorno das operações da Philae, cientistas europeus esperam dar prosseguimento aos experimentos que estavam suspensos, entre eles a coleta de dados da composição química da superfície e a análise dos gases da atmosfera cometária.
Espera-se que nos próximos dias a sonda transmita dados que permitam conhecer com exatidão o local do pouso e envie novas imagens da superfície de 67P/ChuryumovGerasimenko. Os terráqueos agradecem!