Apesar da magnitude atual permitir que C/2007 N3 Lulin possa ser observado à vista desarmada, isso só é possível em locais de muito baixa poluição luminosa e atmosférica. Como o limiar da visão humana só permite reparar objetos com magnitudes inferiores a 6, a observação direta de C/2007 N3 Lulin não é tão fácil, já que seu brilho de 5.9 está na fronteira da magnitude limite. Como informado da vez anterior, o uso de um binóculo ou telescópio permitirá uma observação mais fácil e confortável.
Diversos astrônomos amadores e profissionais de diversos cantos do mundo têm registrado imagens do cometa. A imagem acima foi feita por Chris Brennan, de Barbados, no último dia 24 de janeiro. Para fazer a foto Chris utilizou um telescópio de 180 milímetros de abertura e conseguiu até mesmo registrar a dupla cauda do cometa.
O cometa se aproxima cada vez mais da Terra e no dia 24 de fevereiro atingirá o perigeu, a apenas 59 milhões de quilômetros. Neste dia sua magnitude será mínima (brilho máximo) e poderá ser visto facilmente por qualquer pessoa, mesmo sem auxílio de instrumentos. Os melhores cálculos indicam que durante o perigeu C/2007 N3 Lulin atingirá magnitude 4, similar à intensidade da estrela Gamma de Libra, mostrada na carta celeste acima.
Como explicado, apesar do cometa ter atingido o limiar da percepção dos olhos humanos, ainda não é possível vê-lo facilmente à vista desarmada, a não ser em locais escuros com poluição luminosa e atmosférica muito baixa. Assim, é necessário o uso de um instrumento de ampliação que permitirá captar os brilhos mais tênues.
Com o passar dos dias a luminosidade do objeto será maior e os primeiros relatos de observações diretas começarão a surgir.
Artes: No topo, foto do cometa C/2007 N3 Lulin feita por Chris Brennan, de Barbados. Crédito: Spaceweather. Acima, carta celeste mostra a posição do cometa no dia 26 de janeiro de 2009, às 04h00. Crédito: Apolo11.com.