O cometa foi descoberto pelos astrônomos brasileiros Cristóvão Jacques, Eduardo Pimentel e João Ribeiro de Barros na noite de 13 de março de 2014, a partir do observatório SONEAR, localizado na cidade de Oliveiras, em Minas Gerais. Desde então diversos observadores passaram a acompanhar o objeto e fotografa-lo.
De acordo com astrônomos da Rede de Astronomia Observacional, REA-Brasil, Jacques atingiu na noite de 21 de julho magnitude aparente de 6.2, ligeiramente acima do limiar da visão humana, mas perfeitamente observável através de binóculos de boa qualidade, mesmo os de pequeno porte. Atualmente, Jacques está na magnitude 6.8 e ainda pode ser visto, mas deverá perder brilho nos próximos dias.
Sabemos que encontrar objetos pequenos no céu não é uma tarefa muito fácil, principalmente para quem não está familiarizado com o firmamento, então preparamos uma carta celeste que poderá ajudar bastante a encontrar o brasileirinho no céu noturno.
A carta mostra o céu do horizonte nordeste (um pouco à esquerda de onde nasce o Sol) às 05h00 pelo horário de Brasília de sábado.
Como podemos ver, Jacques está localizado na constelação de Auriga, praticamente entre as estrelas Hassaleh e Hoedus. Embora estas estrelas apareçam na carta como pontos muito brilhantes, na realidade elas são mais fraquinhas e deverão servir apenas para orientação. Ainda assim, o cometa é bem menos brilhante que elas, por isso a necessidade de usar binóculos ou luneta.
Para localizar o cometa é necessário um pouco de paciência. Inspecione a área indicada com atenção. Se tiver uma cadeira reclinável e um cobertor, melhor ainda. Através de um binóculo, Jacques deverá parecer como um pequeno pontinho difuso, ligeiramente esverdeado. Se o binóculo tiver uma boa capacidade de ampliação e for bem luminoso, a cauda do cometa também poderá ser vista de modo bem tênue, mas perfeitamente discernível.
É isso. Se você não tinha nada pra fazer as cinco horas da manhã, achou a diversão.
Bons céus!