Desde o final do século 19 o Baixo Danúbio já perdeu quase 80% da sua área pantanosa devido às atividades humanas na tentativa de controle de enchentes, criação de fazendas, áreas de pastagens, parques energéticos e facilidade no transporte da água.
Agora a Romênia, Bulgária, Moldávia e Ucrânia criaram o projeto do Corredor Verde do Baixo Danúbio, atualmente o maior esforço europeu de esforço para preservar áreas pantanosas.
Atualmente o Delta do Danúbio está protegido como parte da reserva da biosfera, um oásis de vegetação natural em um mar de terra para aves residentes e migratórias e outras vidas selvagens. O projeto de restauração vai somar dezenas de áreas protegidas às já existentes, formando um grande corredor verde que irá do oeste na Yugoslávia até o Mar Negro, no leste. Os países envolvidos no projeto garantem que o Corredor Verde do Baixo Danúbio vai cobrir pelo menos 773 mil hectares das áreas já protegidas, 160 mil hectares de novas áreas e 223 mil hectares que serão restaurados ao longo do curso natural do rio.
A imagem que acima nos mostra o Danúbio demarcando as fronteiras entre a Romênia e o a Bulgária (abaixo à esquerda).
O Danúbio é o rio mais importante da Europa, com 2888 quilômetros. Nasce na Floresta Negra, no oeste da Alemanha (onde é conhecido por Donau), e cruza oito países. Ele atravessa o norte da Iugoslávia onde encontra o Tisza e continua, fazendo a fronteira da Romênia ao norte, com a Bulgária, ao sul, desaguando no Mar Negro após atravessar a Transilvânia. Belgrado, a capital da Bulgária, é erigida em suas margens, assim como as capitais Budapest e Viena. Como o Tisza de águas mais ou menos no meio do curso do Danúbio, praticamente a metade dele será afetada.
O destaque em branco é a área coberta pelo sensor ASTER (Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer) feita pelo satélite TERRA no dia 10 de agosto de 2000, mostrando a área que deverá ser preservados com o projeto do Corredor Verde.