Logo pela manhã, cientistas do Observatório Vulcanológico do Merapi informaram terem registrado 73 nuvens de alta temperatura, formadas principalmente por material piroclástico, entre eles cinza, pó e pedras incandescentes. Segundo os cientistas, a temperatura do material ultrapassa 600 graus centígrados.
As nuvens tóxicas se deslocam em sentido sul a 100 km/h e já atingem mais de 4 mil metros desde a cratera. Mais de 100 emanações de lava já foram registradas e de acordo com o diretor do observatório, o cone da montanha já acumula mais de 3 milhões de metros cúbicos de lava e pode desmoronar a qualquer momento.
Segundo dados informados pelos cientistas, o cone da montanha não está estabilizado e o risco de erupção é extremamente alto. No caso de uma grande erupção, os danos se extenderiam a mais de 12 km da montanha.
Especialistas que acompanham o Merapi acreditam que o violento terremoto da semana passada acelerou ainda mais ainda a atividade vulcânica, afetando a establidade do cone e aumentando o acumulo dos gases, sob alta pressão, em seu interior.
Desde o dia 13 o Merapi está em alerta máximo.
O Merapi é um dos 129 vulcões ativos da Indonésia, que fica no "Anel de Fogo" do Pacífico - uma série de falhas geológicas que se estende do Hemisfério Ocidental, pelo Japão e Sudeste da Ásia. A última erupção do monte ocorreu em 1994, e gerou uma nuvem de gás que matou 60 pessoas queimadas. Uma erupção em 1930 matou 1.300 pessoas.
Leia Também: