Um novo programa de monitoramento chamado Conscientização da Situação Espacial foi lançado no início do ano a um custo de US$ 64 milhões. Ele vai ampliar os dados sobre pelo menos 13 mil satélites que hoje orbitam o planeta.
Justamente em fevereiro, um satélite russo e um americano se chocaram em pleno espaço. "O que o último acidente nos mostrou é que precisamos fazer muito mais. Temos de receber mais dados precisos a fim de evitar novas colisões", disse Jean-François Kaufeler, especialista em detritos espaciais da ESA.
A colisão entre os dois satélites gerou fragmentos que podem ameaçar outros satélites nos próximos 10 mil anos.
A principal idéia do novo programa da ESA é aumentar a quantidade de informações compartilhadas entre as diversas agências espaciais no mundo, incluindo a Nasa e a russa Roskosmos.
Outro aspecto importante é estabelecer normas internacionais sobre a forma como os detritos são descritos e monitorados. Para Kaufeler, as medições dos detritos espaciais não são precisas o suficiente.
Em março acontecerá a quinta Conferência Europeia sobre Detritos Espaciais, na ESA. O recente choque entre os satélites americano e russo trouxe à tona novamente o problema da enorme quantidade de lixo espacial que vaga em torno da Terra.