Durante o tempo de simulação, os voluntários perderão completamente o contato direto com o mundo exterior e só serão capazes de se comunicar através de rádio com atraso de 40 minutos. Esse é o tempo que uma mensagem leva para chegar até Marte.
No período de simulação, o grupo composto de seis membros sofrerá situações de emergência simulada, além de efetuar trabalhos rotineiros e diversos experimentos. A tripulação será sujeita a um isolamento e clausura extremos e devido ao pequeno espaço de convivência, de 550 metros cúbicos, estão previstos problemas de convivência e até mesmo brigas.
A alimentação dos astronautas será à base de suprimentos desidratados, da mesma forma que hoje é feita pela tripulação da Estação Espacial Internacional. O objetivo da simulação será estudar as reações e possibilidades de uma longa viagem tripulada a Marte, prevista pela ESA para acontecer em 2025 e pelos russos em 2015.
Os homens e mulheres escolhidos terão de tomar conta de si próprios durante quase dois anos ao longo da viagem de ida e volta. A sua sobrevivência estará em suas próprias mãos, e deverão confiar no trabalho de centenas de engenheiros e cientistas na Terra.
Antes da simulação definitiva, serão efetuadas duas prova de 105 dias, no início e final de 2008. A simulação completa será feita provavelmente no início de 2009. Segundo informações oficiais da ESA, o processo de seleção será similar ao feito pelos astronautas da agência, mas ao invés de dar maior destaque aos aspectos físicos, dará maior ênfase às condições psicológicas e resistência ao estresse.
Apesar de voluntários, os participantes receberão 120 euros pelo trabalho diário e quem quiser se habilitar poderá fazer as inscrições diretamente no site da ESA.