As informações estão sendo liberadas a conta-gotas pelas autoridades americanas, mas especula-se que o satélite seja o NROL-21 USA-193, lançado da base militar de Vandenberg no dia 14 de dezembro de 2006 através de um foguete Delta II. Logo após entrar em órbita o artefato sofreu uma pane durante a abertura de seus painéis solares, com reflexos imediatos sobre os sistemas de geração de energia elétrica e comunicações.
Apesar de a re-entrada na atmosfera ser um processo natural, satélites desgovernados de grande porte podem ter algumas de suas peças não totalmente queimadas durante o processo. As chances de uma delas atingir áreas continentais são grandes, da ordem de 25%, contra 75% de se chocarem contra o oceano.
No dia 19 de janeiro de 2007, alguns dias depois do lançamento, militares dos EUA confirmaram que haviam perdido a capacidade de comunicação com o satélite, mas que todos os esforços estavam sendo feitos para restabelecer a comunicação com a nave.
Oficialmente o NROL-21 não estava totalmente perdido, até que cálculos feitos por Ted Molczan, um especialista no rastreio de satélites espiões confirmaram que o NROL-21 havia decaído para uma órbita de 280 km de altitude e continuava a perder altura à razão de 700 metros por dia. Caso estivesse em na sua posição original e operando corretamente, o satélite deveria se manter a 360 quilômetros de altitude.
No último dia 26 de janeiro (2008), um comunicado feito pelo Conselho Nacional de Segurança dos EUA e reportado pela agência de notícias Associated Press confirmou que as autoridades norte-americanas não tinham mais controle sobre o satélite. "Partes do satélite podem conter material tóxico e não sabemos em qual lugar do planeta eles poderão cair", disse Gordon Johndroe, porta voz do Conselho. "Estamos fazendo o possível para diminuir os possíveis problemas que a re-entrada irá causar", mas não especificou exatamente o que, já que não há mais controle sobre o equipamento.