A Organização Meteorológica Mundial, OMM, confirmou que as emissões de CO2 superaram a simbólica marca de 400 ppm (partes por milhão), confirmando todas as modelagens que previam que esse recorde seria atingindo em 2015. Segundo os pesquisadores, se nada for feito esse recorde continuará a ser batido continuamente.

A queima de combustíveis fósseis é, segundo a ONU, a maior fonte emissora do CO2 injetado na atmosfera.

A afirmação é baseada em dados coletados por milhares de estações que medem a concentração de gases na atmosfera, entre elas o conhecido observatório de Mauna Loa, no Havaí, considerado um dos mais importantes institutos que medem a quantidade de CO2 presente no ar.

De acordo com a OMM, a concentração de CO2 em 2015 foi 44% maior do que na antes da Revolução Industrial, estimado em 280 ppm durante o seu ápice.

Concentração de CO2 até outubro de 2016. A linha vermelha representa a variação sazonal da concentração de CO2 ao longo dos anos. A linha preta representa a mesma concentração, após a correção pela média cíclica.

Embora diversas medidas estejam sendo tomadas em nível mundial para diminuir a crescente emissão de CO2, as observações mostram que não estão surtindo efeito.

Em 2007, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) já havia alertado sobre as consequências de o nível de CO2 chegar a 400 PPM. De acordo com o órgão, essa concentração seria o gatilho principal para temperatura média da Terra ficar 2 graus maior antes de 2050, com possível degelo em calotas polares e aumento do nível dos oceanos.

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