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Equipamento vai acompanhar em tempo real movimento da terra em MG

Domingo, 16 dez 2007 - 18h17
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O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília pretende instalar nesta semana, uma estação sismográfica na região de Itacarambi, no norte de Minas Gerais, atingida por um terremoto de 4,9 graus na escala Richter, no dia 9.

O professor de sismologia da universidade, Lucas Vieira Barros, explica que o equipamento vai acompanhar em tempo real, o movimento do interior da terra na área. “A estação vai transmitir os dados diretamente a Brasília via satélite para que possamos acompanhar continuamente qualquer tremor de terra de qualquer magnitude que venha a ocorrer lá”, afirma Barros, também chefe do Observatório Sismológico da UnB.

O Brasil terá, em breve, uma rede sismográfica nacional com o objetivo de detectar tremores de terra em qualquer lugar do país. De acordo com o professor, ainda podem ocorrer outros tremores de terra na região atingida recentemente. “Isso é comum. Quando a terra se quebra, outros tremores acontecem, o que chamamos abalos secundários”, explica.

“O solo não se acomoda de uma vez por todas, mas leva dias, meses e até anos para se acomodar por meio de pequenas rupturas, gerando pequenos sismos", acrescenta Barros.

O governo estadual de Mina Gerais estuda se vai alojar as famílias desabrigadas em outro local ou se vai reconstruir as casas destruídas pelo tremor na mesma região.

O terremoto atingiu o distrito de Caraíbas, no município de Itacarambi, norte de Minas Gerais. Foi um dos mais fortes registrados no Brasil e fez a primeira vítima fatal por terremoto do país, uma criança de 5 anos. De acordo com a Defesa Civil, 76 casas da região foram danificadas, seis pessoas ficaram feridas e 400 estão desabrigadas.

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