O Merapi é um dos mais ativos e perigosos vulcões do planeta e registra erupções em intervalos que variam de 1 a 5 anos. Seu topo é composto de um domo de lava ativo e regularmente produz fluxos piroclásticos. O registro mais antigo de erupção remonta ao ano de 7630 a.C. e a última explosão matou duas pessoas em 2006.
Alertados pelos cientistas, o governo do país criou uma zona de exclusão de 8 km ao redor do Merapi e proibiu todos os passeios turísticos e atividades de alpinismo.
Medições feitas com equipamentos laser no mês de setembro mostraram que a inflação da montanha ocorria a uma taxa de 7 mm/dia (milímetros por dia). Em 25 de outubro a inflação passou a 430 mm/dia e o magma ascendente já era observado a menos de 1000 metros da superfície, no interior da cratera.
Durante o fim de semana foram contados 500 terremotos vulcânicos, o que fez as autoridades declararem estado de Alerta 4, significando que a erupção poderia ocorrer a qualquer momento. 40 mil pessoas foram avisadas para evacuar uma área de 10 km ao redor da montanha.
Devido ao vento fraco, o material não se dissipou rapidamente e causou uma chuva de material piroclástico que se concentrou próximo à montanha. Até o momento, 25 pessoas foram encontradas carbonizadas pelas cinzas. Um jornalista que se encontrava na casa do guardião do vulcão se recusou a abandonar o local e também morreu.
A maioria das erupções do Merapi envolve o colapso do domo de lava, criando fluxos piroclásticos que viajam por mais de 7 quilômetros de distância. Alguns desses fluxos podem atingir até 110 km/h. Estima-se que as erupções do Merapi já ejetaram mais material piroclástico que qualquer outro vulcão na Terra.