O projeto, conhecido por EGNOS (European Geostationary Navigation Overlay Service), utiliza uma rede de mais de 40 elementos espalhados por toda Europa e que coletam, corrigem e armazenam os dados de posicionamento global enviados pelos diversos satélites norte-americanos do sistema GPS. Após sofrerem modificações os sinais são retransmitidos através de satélites geoestacionários até os aeroportos, oferecendo uma precisão de posicionamento superior a dois metros, contra os atuais 15 a 20 metros conseguidos com GPSs convencionais. Além disso, o padrão EGNOS garante que os sinais tenham melhor qualidade que o original.
Na última quarta-feira, um avião Nostrum Dash-8 efetuou quatro aproximações de uma das pistas do aeroporto espanhol empregando uma técnica batizada de LPV (Localizer Performance with Vertical guidance ou Localizador de Performance com Guiagem Vertical). Neste tipo de aterrisagem um satélite de navegação especializado fornece sinais-piloto com duas guias laterais, substituindo ou ampliando as funções do localizer, um transmissor de rádio localizado nas pistas dos aeroportos e que informa aos equipamentos de bordo a posição da linha central da pista e altitude da aeronave sobre ela.
A experiência reportada pelos pilotos e controladores de tráfego durante os testes foi muito positiva, segundo a ESA. Durante a aproximação o sistema conseguiu detectar e corrigir erros de até 3.5 graus na rota da aeronave sem que fosse disparado qualquer alerta de correção.
Para os próximos meses a ESA pretende fazer novas demonstrações do sistema EGNOS em dois grandes aeroportos europeus, Valência na Espanha e Bolonha, na Itália.