O espelho foi instalado no alto de uma das montanhas da cidade e tem como objetivo refletir os raios de Sol em direção à praça central da cidade, que nos meses de novembro à fevereiro não recebe a luz diurna, obstruída por outras montanhas.
A pequena cidade de Viganella tem185 habitantes e foi construída no fundo de um vale alpino muito íngreme, perto da fronteira com a Suíça. O lado sul do vale é tão escarpado que no dia 11 de novembro o sol desaparece e não vai reaparecer até o dia 2 de fevereiro, os meses de inverno no Hemisfério Norte. "É como a Sibéria", afirma uma das moradoras do vilarejo.
A história da espelho começou em 1999, quando o prefeito Franco Midali fez uma aposta com Giacomo Bonzani, arquiteto responsável pelo projeto. Na época, Midali desafiou Bonzani e disse que se o arquiteto conseguisse fazer o Sol brilhar no inverno, se comprometeria a arrecadar o dinheiro para o projeto
Com 40 metros quadrados, o espelho é formado por 14 placas polidas de aço inoxidável, e foi instalado em uma altura de 500 metros sobre uma colina. Em dezembro, os primeiros raios de Sol começaram a ser refletidos pelo equipamento, mas só agora a totalidade do Sol é desviada para dentro do vale onde se localiza a cidadezinha. Para muitos moradores isso é um milagre que nunca pensaram que aconteceria.
Depois de alguns anos e um custo de 120 mil dólares, o desenho saiu do papel e finalmente o Sol banha a cidade.
Atualmente o espelho tem posição fixa, mas está previsto um sistema de rastreio que permitirá ao equipamento seguir o Sol constantemente, iluminando por mais tempo a região turística de Viganella.
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