De acordo com os controladores da Estação Espacial Internacional, ISS, o lixo orbital deverá reentrar na atmosfera da Terra em dois ou quatro anos e segundo eles, queimará de forma inofensiva. Entretanto, nem todos consideram essa reentrada tão simples.
Para Jonathan McDowell, ligado ao Harvard-Smithsonian Center, o objeto descartado é extremamente denso, o que o torna uma espécie de lixo espacial bem diferente das naves ou satélites que reentram na atmosfera da Terra. Ele é menor e muito mais coeso e não há experiências anteriores que possam afirmar que se consumirá "inofensivamente" na atmosfera.
Anteriormente, as baterias deterioradas eram armazenadas em um veículo de transferência (HTV) descartável, que as trazia para a atmosfera da Terra onde era incinerados. No entanto, uma falha de lançamento em um veículo Soyuz ocorrida em outubro de 2018, que levava os astronautas Nick Hague e Alexey Ovchinin, interrompeu esse padrão de transporte e o EP9 foi transportado no último HTV, sem retorno à Terra.
Devido a esse problema, os gestores da ISS decidiram descartar o palete carregado de baterias nos espaço. O processo foi realizado pelos controladores do Johnson Space Center, da NASA, através do braço robótico de 17,6 metros da Estação Espacial. De acordo com a Nasa, o palete tem o tamanho de um SUV e está neste momento orbitando paralelamente à ISS.