De acordo com o Centro de Previsão de Clima Espacial (SWPC) dos EUA, tormentas geomagnéticas deverão atingir o nível G3, considerado forte já nesta quinta-feira, 18 de agosto, devido à chegada de múltiplas ejeções de massa coronal (EMC) que partiram do Sol em quatro dias antes.
Apesar das inúmeras ejeções, espera-se que a maioria tenha pouco ou nenhum impacto em nosso planeta, mas pelo menos quatro delas têm potenciais componentes direcionados à Terra. A mais recente ejeção ocorreu na complexa Região Ativa AR3078, às 04h58 BRT de 16 de agosto, mas a primeira explosão desta série ocorreu no dia 14.
De acordo com o órgão de monitoramento, os modelos matemáticos indicam a chegada combinada de algumas dessas ejeções na Terra ou nas proximidades a partir de 18 de agosto, mas a maior parte do material ejetado do Sol deve passar à frente ou ao sul da órbita da Terra.
É importante salientar que os impactos de uma tempestade de nível G3 em nossa tecnologia geralmente são mínimos, mas tem o potencial de causar interferências em equipamentos eletrônicos mais sensíveis e provocar auroras polares em latitudes menores que as habituais, tais como partes da Pensilvânia, Iowa e até ao norte do Oregon.
Quando as áreas onde se localizam os buracos coronais estão voltadas para a Terra, verifica-se um aumento na atividade geomagnética causada pelo impacto mais intenso das partículas do vento solar na ionosfera. Isso faz o índice KP que mede a instabilidade nesta região se elevar, configurando um quadro conhecido como tempestade geomagnética.
Algumas vezes, o buraco coronal ejeta o plasma de forma súbita, criando uma onda de choque dentro do fluxo contínuo do vento solar. Essa onda de choque, quando atinge a Terra, pode fazer a tormenta se prolongar por diversas horas e com intensidade bem acima do normal.