Localizada a 642 anos-luz da Terra, Betelgeuse é uma das duas estrelas mais brilhantes da constelação de Orion, em cujo centro se localizam as conhecidas "Três Marias".
Classificada como uma supergigante vermelha, a estrela tem um diâmetro estimado em 1,2 bilhão de quilômetros, quase 1400 vezes o diâmetro do Sol, além de ter massa 12 vezes maior. No entanto, enquanto nosso Sol ainda é uma estrela de meia idade, com 4.5 bilhões de anos, Betelgeuse já é uma anciã próxima ao fim da vida, com apenas cerca de 10 milhões de anos.
Estrelas supergigantes como Betelgeuse esgotam muito rapidamente seu combustível termonuclear e nos momentos finais de sua existência explodem de forma incrivelmente brilhante, em um evento chamado "supernova". Antes disso, porém, a supergigante diminui fortemente de brilho, exatamente como está acontecendo com Betelgeuse.
O ciclo principal do brilho de Betelgeuse é de 5.9 anos e dentro desse ciclo há vários outros ciclos menores, muitos deles variáveis. Assim, o enfraquecimento atual de Betelgeuse pode ter como causa o alinhamento de vários ciclos.
Richard Wasatonic e Edward Guinan, ligados à Universidade Villanova, acreditam que o escurecimento atual é devido a um ciclo de escurecimento incomunmente extremo de 425 dias, dento do ciclo de 5.9 anos, mas nada que indique uma supernova iminente.
Além disso, na história da observação de supernovas não há precedentes para que o fim da vida de uma estrela supergigante seja precedido por um escurecimento de seu brilho. Isso nunca foi observado diretamente, embora não possa ser descartado.
Vale lembrar também que a previsão de supernovas não é uma ciência exata, sem erros, por isso não se pode afirmar que Betelgeuse não explodirá amanhã, embora isso seja bastante improvável.
Para ser mais preciso, a explosão pode até mesmo já ter acontecido há 642 anos e sua luz pode estar prestes a chegar à Terra.