Robert Tyler, oceanógrafo da Universidade utilizou simulações de computadores para mostrar que os efeitos de Júpiter em sua lua Europa podem sim, funcionar de um modo diferente.
A força do planeta é tão intensa que pela simulação poderia produzir perturbações enormes nos oceanos presos sob o gelo, ao invés de apenas pressionar as partes sólidas da lua.
Essas ondas poderiam ser os veículos primários de distribuição de energia, como calor, ao longo da lua. O novo estudo reforça a hipótese de um maior potencial para a existência de vida.
"De repente, toda a nossa concepção se volta para a energia dos oceanos que se movimentam sob o gelo", disse Tyler. "Considero o caso específico de Europa, mas os resultados gerais se aplicam igualmente a outras luas com possíveis oceanos, completou.
Tyler é o primeiro a sugerir que Europa, como a Terra, pode dissipar a maior parte das pressões de marés em ondas oceânicas.
Foto: Europa, vista pela nave Galileu, no dia 7 de setembro de 1996 a 677 mil quilômetros de distância. A lua tem aproximadamente 3160 km de diâmetro, quase o tamanho da Lua terrestre. As linhas escuras são longas fraturas na crosta, algumas com mais de 3 mil km de comprimento. Crédito: Deutsche Forschungsanstalt fuer Luftund Raumfahrt e.V., Berlin, Germany/Wikimedia Commons.