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Estudo avalia efeitos de campos magnéticos na saúde humana

Terça-feira, 14 jul 2009 - 10h50
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Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em conjunto Faculdade de Saúde Pública do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), trouxe à tona uma questão preocupante.

Mais de 150 mil moradores da capital paulista estão expostos a campos magnéticos gerados por linhas de transmissão aérea de energia elétrica em níveis que podem provocar riscos à saúde humana.

Foram avaliados campos magnéticos iguais ou maiores a 0,3 microtesla, valor apontado como de risco. O estudo analisou cerca de 572 quilômetros de linhas de transmissão da cidade com a ajuda de mapas e sistemas de informações geográficas.

Segundo o levantamento, os campos magnéticos formam um corredor abrangendo uma área de 25 quilômetros quadrados. Alguns corredores apresentaram entre 50 a 130 metros de largura.

A população que vive nos corredores corresponde a 1,4% da população de São Paulo, em 1,3% dos domicílios da cidade. Os dados foram obtidos com base no censo demográfico do ano 2000.

A pesquisa também constatou que a população exposta as áreas de alto campo magnético possuem renda e nível de escolaridade mais baixo. Quase 48% tem menos de cinco anos de estudo e a renda familiar é inferior a dois salários mínimos.

Os danos à saúde foram avaliados e resultados indicaram que o risco de câncer entre pessoas com mais de 40 anos é maior em áreas situadas a 50 metros das linhas de transmissão.
"Ainda não há consenso de que os campos magnéticos causam câncer, mas existem suspeitas em relação à ocorrência de leucemia em crianças”, afirma o pesquisador e geógrafo Mateus Habermann, autor do estudo.

Todo trabalho foi financiados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as conclusões encaminhadas para as concessionárias de serviços de eletricidade.

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