O estudo foi realizado por geólogos da Universidade de Ciências e Tecnologia da China e revelou que além da montanha que colapsou, toda a área ao redor do campo de testes de Punggye-ri também sofreu severos danos, com possível afundamento do terreno.
A análise está baseada em dados sismográficos registrados no momento do teste nuclear de 3 de setembro de 2017 e também, principalmente, nas reverberações ocorridas oito minutos após a detonação e outros três eventos observados entre 23 de setembro e 12 de outubro de 2017.
Segundo os pesquisadores, a detonação produziu, além do terremoto de 6.3 magnitudes, quatro eventos posteriores, que segundo eles, foram provocados pelo desmoronamento gradual do terreno onde se encontra a montanha e grande parte das instalações do programa nuclear norte coreano.
O estudo afirma que testes anteriores mais fracos teriam alterado a capacidade da área de resistir ao estresse tectônico, na medida em que falhas geológicas que anteriormente estavam inativas atingiram um estado considerado crítico. Para os pesquisadores, outras perturbações ou futuros testes nucleares na região poderão produzir colapsos em escala ainda maior, com graves consequências ambientais devido ao vazamento de radiação.
As descobertas confirmam um estudo feito alguns meses antes e que sugeriam que eventos tectônicos observados naquela região foram de fato provocados pelo homem e não como resultado da atividade tectônica natural.