Ao contrário do que se pensava, São Paulo e Rio de Janeiro, únicas cidades sul-americanas analisadas, têm emissões de carbono inferior à média brasileira.
De acordo com o estudo, o desmatamento e a produção pecuária elevam a emissão de carbono em outras cidades áreas do Brasil.
"Embora a concentração de pessoas, empresas, veículos e lixo nas cidades seja normalmente visto como um problema, as altas concentrações populacionais também podem trazer uma variedade de vantagens para a gestão ambiental", diz o relatório, que reúne estudos publicados nos últimos 13 anos.
Para o pesquisador David Dodman, autor do relatório, os verdadeiros culpados pelas mudanças climáticas não são exatamente as cidades, mas o estilo de vida que a população leva.
Em termos de emissões per capita de gases do efeito estufa por moradores das grandes cidades, o valor está abaixo da média do total nacional. Foram analisadas metrópolis na Europa, na Ásia e nas Américas. Exceções foram observadas em Pequim e Xangai.
Uma importante conclusão que Dodman destaca é mudança dos hábitos individuais. Independente da localização geográfica, os hábitos cotidianos da população representam um fator decisivo nas emissões globais de carbono.
Foto: Embora a concentração de pessoas, empresas, veículos e lixo nas cidades seja normalmente visto como um problema, as altas concentrações populacionais também podem trazer uma variedade de vantagens para a gestão ambiental. Crédito: Bióloga Mirian Soares.