O degelo está se acelerando e não se consegue descobrir qualquer processo natural que possa frear o processo. O resultado final não é novidade, tendo sendo inclusive tema de filmes: a elevação do nível do mar em todo o planeta, com a inundação das áreas costeiras.
O relatório é resultado de uma conferência organizada pelo Comitê Científico do Sistema Ártico da National Science Foundation, agência de financiamento à pesquisa do governo norte-americano. Liderada por Jonathan Overpeck, da Universidade do Arizona, a análise foi publicada na edição de 23 de agosto da Eos, revista da União Geofísica norte-americana.
O que realmente faz o Ártico ser diferente do resto do mundo não-polar é a permanente existência de gelo, seja em terra ou no oceano. Agora, estamos vendo todo aquele gelo derretendo e, infelizmente, podemos ver que irá derreter muito mais no futuro, até um estado em que não exista mais gelo, disse Overpeck, em comunicado da Universidade do Arizona.
Caso isso ocorra, a conseqüência direta será a liberação dos gases contidos durante milhares de anos na camada, que podem amplificar o peso das mudanças climáticas recentes promovidas pela ação humana.
Portanto, é muito importante que tentemos muito arduamente, e o mais cedo possível, reduzir dramaticamente as emissões de dióxido de carbono, afirmou Overpeck.