Urano é um planeta cheio de mistérios e dados estranhos. Primeiro planeta descoberto por meio de um telescópio, por William (e Caroline Herschel) em 1781, o planeta tem uma inclinação axial de praticamente 98%, o que faz com que seu eixo de rotação seja aproximadamente paralelo ao Sistema Solar, como se estivesse deitado.
Imagine que consequências isso pode trazer: seus polos, por exemplo, recebem 42 anos de luz de luz solar e depois 42 anos de escuridão. Esta inclinação causa impacto também em seu campo magnético.
O campo magnético de Urano está inclinado a 60º em relação ao seu eixo de rotação.
Agora, graças a novas pesquisas do Georgia Institute of Technology, sugere-se que este campo se abre e fecha diariamente. Quando se abre, funciona como um guarda-chuva que desvia o vento solar, quando se fecha as partículas energizadas do vento solar ficam presas lá.
Difícil imaginar a consequência dessa abertura e fechamento diários do campo magnético para o planeta. Que campo fascinante de estudo!
Em nosso planeta o vento solar, às vezes, viola a magnetosfera, causando as deslumbrantes auroras, mas na Terra o campo magnético é apenas cerca de 10 graus afastado de seu eixo de rotação, o que significa que não existe um caos como o que Urano experimenta.
Estudar a magnetosfera de Urano nos ajudará a entender melhor nossa própria magnetosfera e a de exoplanetas no futuro.