Das 230 estações de esqui que operam hoje nos Alpes suíços, menos da metade estará em operação entre os anos de 2030 e 2050.
O turismo leva por ano a região de 60 milhões a 80 milhões de pessoas e a economia de muitas cidades depende do setor. Na Suíça, por exemplo, a perda poderia chegar a US$ 1,6 bilhão por ano com a redução significativa dos turistas.
Estações que ficam abaixo de 1.500 metros de altitude já sofrem retaliações dos bancos suíços, que têm negado crédito às empresas.
O governo já começou a tomar atitudes em algumas estações de esqui do país, como a utilização de grandes cobertores usados para cobrir a neve e impedir o degelo. O governo tem ainda subsidiado reformas, como a redução do grau de inclinação das pistas, para preservar a neve, embora essas atitudes tenham resultado duvidoso.
Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas levanta a questão da crise no setor de esportes de inverno.
Nos jogos olímpicos, realizados em Turim, na Itália, em 2006, a falta de neve decepcionou os organizadores e os patrocinadores do evento. Em 2007, o fenômeno provocou o cancelamento de etapas do campeonato mundial de esqui nos Alpes. O setor também é motivo de preocupação no Canadá e nos Estados Unidos.
A temporada de esqui norte-americana poderá ser reduzida nos próximos 40 anos, indicou um estudo da Universidade de Washington.