A descoberta foi feita a partir de imagens coletadas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, LRO, que circula a Lua desde 2009. Anteriormente, a LRO já havia localizado todos os pontos de impacto dos propulsores das missões Apollo 13, 14, 15 e 17.
De acordo com os responsáveis pela LRO, a cratera mede cerca de 40 metros de diâmetro e se encontra no interior de Mare Insularum, a 260 km do sudoeste da cratera Copérnico, uma das mais proeminentes feições observáveis no disco lunar.
A cratera foi formada pelo impacto do propulsor S-IVB, terceiro estágio do gigantesco foguete Saturno 5.
A partir da missão Apollo 13, em 1970, todos os terceiros estágios das missões Apollo eram programados para impactar sobre a superfície da Lua, criando uma espécie de "tremor" capaz de ser registrado pelo sismógrafo instalado pelos astronautas da missão Apollo 11, três anos antes. O objetivo era estudar as camadas internas da Lua através da propagação das ondas sísmicas produzidas.
As crateras deixadas pelo impacto dos S-IVB são muito mais rasas do que aquelas deixadas por asteroides e cometas, o que dificultou a detecção. O motivo é que a densidade desses propulsores é muito baixa e se deslocam em velocidades muito pequenas, de 2.6 km/s. Quando impactam a Lua, forma cratera pouco profundas, da ordem de centímetros de profundidade.
Segundo os responsáveis pela descoberta, o local do impacto estava a 30 km do local estimado pelos modelos matemáticos e levou cerca de 15 meses para ser encontrado nas fotos da LRO.