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Floresta terá segunda maior torre meteorológica do mundo

Terça-feira, 21 jul 2009 - 08h54
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Uma parceria entre o Brasil e a Alemanha vai viabilizar a construção de uma torre de monitoramento de 300 metros de altura dentro da da Floresta Amazônica. Será a segunda maior torre meteorológica do mundo que irá acompanhar as condições do tempo na região, além das trocas gasosas entre a atmosfera e a floresta.


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O objetivo do projeto é ter dados mais concretos e precisos sobre o papel da Amazônia no contexto das mudanças climáticas no planeta.

Pela primeira vez serão feitas medições contínuas das condições meteorológicas na Floresta, incluindo temperatura, umidade e vento, além de fluxos de gás carbônico, metano, vapor de água e energia entre a atmosfera e a superfície.

O projeto que recebeu o nome Torre Alta de Observação da Amazônia (ATTO, em inglês), foi apresentado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) durante a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Manaus, no fim da última semana.

A construção da torre, a cerca de 150 quilômentros de Manaus, faz parte do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e é coordenado pelo Inpa, além do Instituto Max Planck de Química, da Alemanha. O novo sítio experimental ficará dentro da Reserva Biológica do Uatumã, na região da hidrelétrica de Balbina.

A torre está estimada em 8,4 milhões de euros e sua construção está prevista já para 2010. Os custos serão divididos igualmente pelos governos do Brasil e da Alemanha.
Além da torre principal existirá outras quatro torres meteorológicas menores, com 70 metros cada uma, que serão voltadas para a medição de fluxos menores.
"Teremos ali também perfiladores atmosféricos remotos, radares meteorológicos e outros equipamentos, além de laboratórios e prédios auxiliares. O sítio experimental será uma grande estação de referência mundial para florestas tropicais úmidas de todo o planeta", declarou Antonio Ocimar Manzi, pesquisador do Inpa.
"Hoje, esse tipo de dados é gerado principalmente com balões, que medem poucas variáveis, ou com aviões, que apesar de obterem dados com boa variação espacial, são muito limitados para estudar as variações ao longo do tempo", explicou Manzi.


Foto: Uma das torres do Projeto LBA na área de sivicultura - Km43/BR-174. Crédito: INPE/CPTEC/LBA.

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