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Foguete brasileiro VLS-1 deverá utilizar combustível líquido

Quinta-feira, 3 nov 2005 - 06h31
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< O foguete brasileiro VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) deverá ganhar uma nova configuração que aumentará a capacidade de carga a partir da inclusão de um motor a combustível líquido.

Este é objetivo da Agência Espacial Brasileira (AEB), autarquia vinculada ao Ministério da CIência e Tecnologia (MCT), segundo uma carta de intenções assinada há alguns diasem Moscou pelo presidente da AEB, Sergio Gaudenzi, e pelo presidente da Agência Espacial Russa (Roscosmos), Anatoli Perminov.

Atualmente, o VLS-1 conta com motores a combustível sólido divididos em quatro estágios.

Acionados um após a queima do outro, oferecem, nas diferentes fases da trajetória do lançador, o impulso necessário à colocação do satélite no espaço. O que se pretende, com a cooperação técnica russa, é modernizar o Veículo com a troca dos dois últimos motores (terceiro e quarto estágios) por um de propulsão líquida.

"O uso de propulsão líquida permitirá maior precisão na inserção do satélite em órbita", assinala o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, João Azevedo. Ele lista ainda outra vantagem: o aumento da capacidade do lançador, que poderá levar cerca de 700kg de carga útil em órbita baixa contra 250kg do VLS-1.

Azevedo acrescenta ainda que a redução da quantidade de estágios simplificará o veículo, diminuindo assim as chances de falha ligadas aos diversos eventos que ocorrem durante o lançamento.

Além da parceria para o VLS, a Rússia também vai assessorar o desenvolvimento da torre de lançamento que está sendo reconstruída no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

As negociações sobre o projeto do novo motor, equipamentos necessários a sua manutenção e realização de testes serão iniciadas em 2006 e farão parte de um contrato cuja execução caberá à AEB, Roscosmos e Centro Técnico Aeroespacial (CTA) de São José dos Campos, em São Paulo. Espera-se que o conhecimento adquirido para o desenvolvimento da próxima versão do VLS origine uma "família" de veículos lançadores com capacidade de levar satélites mais pesados a órbitas mais altas da Terra.


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