O gerente do Departamento de Resposta aos Desastres e de Reconstrução da Sedec, Marcos Aurélio Alves de Melo, que visitou o Acre na semana passada, constatou que a causa dos incêndios são as queimadas provocadas por pequenos produtores rurais em lavouras de subsistência. ''Geralmente, quando esse tipo de fogo atinge as florestas, a umidade natural da mata consegue controlá-lo. No Acre, os incêndios tomaram essas proporções porque não chove há 100 dias e a umidade do ar está baixa'', explicou Marcos Aurélio Alves de Melo.
"Nas últimas semanas vem ocorrendo um fenômeno que se chama bruma seca, em que a fumaça sobe no ambiente", disse Olga Lucía Chaparro, funcionária da estatal Corpoamazônia - Corporação para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, entidade encarregada da vigilância do meio ambiente na região.
Segundo Chaparro, esta fumaça é resultado das extensas queimadas nos Estados brasileiros do Acre, Rondônia e Mato Grosso, para cultivo "principalmente da soja". A fumaça, em seguida, é levada para o território colombiano pelos ventos fortes.
O nevoeiro motivou o fechamento do aeroporto de Leticia e prejudicou centenas de turistas colombianos e estrangeiros, que vêm tendo dificuldade para deixar a região. (AFP)