Batizado de PAHP, Projeto Aeroespacial de um Homem Pobre, o lançamento faz parte da série de voos em grande altitude do Projeto Estratos, um grupo de estudos que tem como objetivo a pesquisa na alta atmosfera terrestre através de balões científicos.
Embora os lançamentos do grupo tenham como meta o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa meteorológica, o lançamento recente teve também o propósito de chamar a atenção das pessoas para o caso da pequenas Sofia, uma bebe de 5 meses que sofre de uma síndrome rara chamada Síndrome de Berdon.
Sofia, que mora no interior de São Paulo, precisa urgentemente de um transplante de órgãos por meio de uma cirurgia que custa cerca de 2,4 milhões de reais, mas que é feita apenas nos EUA, uma vez que o Brasil não tem estrutura para uma caso tão delicado.
Diversas pessoas estavam presentes ao lançamento, inclusive repórteres e cinegrafistas de veículos de comunicação que foram chamados para cobrir o evento, que também foi transmitido ao vivo pela internet.
Nina levou a bordo duas câmeras de alta resolução. Enquanto uma filmava foto de Sofia com o frase "FORÇA SOFIA", escrita em três idiomas, a outra filmava o balão científico e o espaço.
Além das câmeras haviam sensores de dados construídos por membros do projeto, um rastreador via satélite e uma sonda meteorológica, totalizando uma carga de 1.5 quilos.
O balão de látex preenchido com gás hélio atingiu a altitude máxima de 32 mil metros e enfrentou temperaturas extremas que chegaram a 55 graus negativos. No total, a sonda permaneceu no ar durante 143 minutos até atingir o solo. De acordo com o Bruno Sousa, a velocidade média de ascensão foi de 5.7 m/s e em alguns momentos os sensores registraram ventos de mais de 100 km/h.
A sonda pousou sobre a copa de uma árvore de 25 metros de altura em meio a uma mata na área rural entre os municípios de Cajuru e Altinópolis, a mais de 120 km de distancia do local de lançamento em Pitangueiras, SP. Segundos os responsáveis, o erro entre a previsão do local de queda e o pouso da sonda foi de apenas 7 km. "Consideramos o local de queda como o quintal da nossa casa, já que chegamos a resgatar nossa segunda sonda sondas a mais de 260 km de distancia, no município de São José da Barra, em MG, disse um dos membros do projeto.
"Levamos tempo para chegar até aqui, passamos por várias dificuldades ouvimos muitos não, chegamos a pensar em desistir, mas vencemos e hoje não somos os melhores mas estamos entre eles. Vimos que aqui no chão já tem gente de mais,então resolvemos "viver" no céu onde é nosso lugar", disse Bruno Sousa.
Para conhecer o projeto Estratos, acesse a página no facebook: https://www.facebook.com/projetoestratos
Força Sofia!