Alguns minutos depois foi a vez dos magnetômetros do satélite GOES registrarem as partículas na região dos satélites geoestacionários.
Auroras também estão sendo registradas pelas câmeras da estação japonesa de pesquisa no Polo Sul.
O gráfico abaixo mostra as variações do fluxo magnético terrestre registrado pelo magnetômetro localizado na cidade de Gakona, no sudeste do Alasca. O instrumento é mantido pelo Instituto Geofísico da Universidade do Alasca e deverá apresentar desvios significativos no momento em que as partículas carregadas chegarem à Terra.
Os três traços representam as componentes ortogonais do campo magnético terrestre:
As tempestades geomagnéticas são normalmente detectadas na forma de variações no fluxo do campo magnético terrestre, expressas em nanoteslas (nT). Devido à intensidade da explosão ocorrida no dia 11 de abril e também à orientação das partículas ejetadas, espera-se um desvio superior a 800 nanoteslas, capaz de desviar em até 2 graus as agulhas de bússolas localizadas no hemisfério norte.
A tormenta geomagnética é esperada para este sábado no período da tarde.
O gráfico é atualizado a cada meia hora.
Uma grande explosão solar foi registrada na madrugada desta quinta-feira e ejetou ao espaço uma grande quantidade de massa coronal que deverá atingir a Terra neste sábado, com riscos de blecautes de radiocomunicação e falhas em redes de distribuição.
A explosão solar ocorreu às 05h15 BRT (hora de Brasília) próxima à região da mancha solar 1719 e foi detectada inicialmente pelo satélite GOES-13 como um flare de magnitude M6.5 no espectro de raios-x.
Imagens feitas pelo telescópio solar SOHO mostram que parte das partículas de alta energia (prótons) atingiu diretamente o CCD do telescópio instantes após o evento.
Modelos de previsão de propagação indicam que as partículas ejetadas estão viajando a 3.6 milhões de km/h (cerca de 1000 km/s) e tocarão a alta-atmosfera da Terra na tarde do sábado.
Com o choque, espera-se um aumento substancial da atividade geomagnética que poderá atingir o nível moderado G2 e elevar o nível KP para 6 ou 7.
Também são previstos blecautes de radiopropagação em altas frequências (HF) e possíveis formações de auroras polares próximas à latitude de 55 graus ao norte ou sul do equador.
No espaço, o choque das partículas aumenta do arrasto nas camadas mais altas da atmosfera e influenciam diretamente na altitude dos satélites de órbita baixa, que poderão requerer manobras corretivas de orientação.
Sistemas de orientação por satélites (GPS) ou radiolocalização também poderão experimentar falhas momentâneas.
É muito importante lembrar que apesar de intensas, as explosões solares não causam riscos à saúde.