O intenso flare foi detectado nas primeiras horas de terça-feira no comprimento de onda dos raios-x e teve como causa uma súbita erupção acima da Região Ativa AR2158. A explosão produziu uma forte ejeção de massa coronal,CME, com velocidade superior a 1000 km/s.
Como essa região está geoefetiva, ou seja, apontada para a Terra, a consequência é que parte dessas partículas altamente carregadas poderão atingir a alta atmosfera entre o dia 11 e 12 de setembro, elevando substancialmente o índice KP entre o nível 6 e 7.
Instabilidades ionosféricas dessa magnitude podem provocar variação de tensão em redes elétricas de transmissão, principalmente em localidades situadas em latitudes elevadas e caso sejam prolongadas podem danificar transformadores em subestações.
Outra consequência é a possível necessidade de reorientações na órbita de satélites, uma vez que o arrasto da atmosfera pode interferir no cálculo orbital.
A ocorrência de auroras boreais é praticamente certa caso as partículas de alta energia atinjam a Terra, com chances de serem observadas auroras também em latitudes baixas, ao redor de 55º.
Este satélite foi empregado na época da Guerra Fria pela então União Soviética e desativado em 1982. Desde então o Cosmos 1400 vem perdendo altura e está prestes a atingir o nível crítico, quando sua última órbita não poderá mais ser completada.
O objeto pesa 2.5 toneladas e está sendo monitorado constantemente pelo Satview.org, que rastreia todas as possíveis reentradas de lixo espacial.
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Artes: No topo, vídeo mostra o momento da explosão solar acima da região ativa AR2158 e a modelagem representando a chegada das partículas na Terra. Acima, foto do satélite SDO com destaque para a região ativa AR2158. Créditos: SOHO,NASA,ESA, Apolo11.com.