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Forte explosão solar pode atingir a Terra nesta quarta-feira

Terça-feira, 3 jul 2012 - 09h25
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Uma poderosa explosão solar ocorrida na manhã de segunda-feira ejetou no espaço grande quantidade de massa coronal que deve atingir parcialmente a Terra na quarta-feira. Em diversas partes do planeta a erupção produziu prolongada perturbação eletromagnética no espectro de radiocomunicação em baixas frequências.


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O violento flare teve origem na enorme mancha solar AR 1515 (região ativa 1515) que neste momento está voltada para a Terra. Como consequência, detectores de raios-x instalados em satélites de orbita geoestacionária registraram um elevado pico nas medições, o que possibilitou classificar o evento como de Classe M 5.6.

As rajadas de Classe M são flares de tamanho médio e causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de classe M.

O flare solar de segunda-feira ocorreu às 10h43 UTC (07h43 BRT) e ejetou ao espaço bilhões de toneladas de gás ionizado, em um evento conhecido como tecnicamente como Ejeção de Massa Coronal, ou CME. A maior parte dessa ejeção foi lançada ao espaço e não deverá atingir diretamente a Terra, mas uma parcela significativa ainda poderá impactar nosso planeta na quarta-feira.

Durante o bombardeio as partículas se chocarão contra a magnetosfera terrestre onde serão desviadas em direção às regiões polares e provocarão auroras boreais decorrentes da ionização das camadas superiores da ionosfera. Quando excitados, os átomos de oxigênio e nitrogênio ali presentes emitem respectivamente luz nos comprimentos de onda verde e vermelho, produzindo um belo espetáculo visual.

Por outro lado, tempestades solares dessa magnitude também podem induzir correntes elétricas em linhas de transmissão com possibilidades de blecautes ou flutuações de tensão na rede de distribuição.


Artes: No topo, animação da explosão solar M 5.6 como vista pelo coronógrafo LASCO C3 a bordo do telescópio espacial SOHO. Acima, gráfico mostra o pico registrado pelos sensores de raios-x a bordo do satélite geoestacionário GOES-8. Créditos: NASA/ESA/SOHO, NOAA/GOES, Apolo11.com.

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