O abalo ocorreu às 12h19 UTC (15h19 Hora local) sob as coordenadas 6.212°S e 29.599°E, nas proximidades do lago Tanganyka, a 55 km a SE de Kalemie, na República Democrática do Congo e a 150 km de Kigoma, na Tanzânia. De acordo com dados recebidos, o abalo se deu a apenas 10 km de profundidade e alcançou 6.8 graus na escala Richter.
Diversos aftershocks (abalos secundários disparados pelo evento principal) foram verificados e puderam ser sentidos em diversas regiões como Tanzânia, Burundi, Ruanda e até no Oceano Índico.
No Brasil, sismógrafos instalados em Porto Velho também detectaram o abalo, conforme a reprodução acima.
No gráfico abaixo também vemos os tempos de propagação que as ondas P levaram para atingir diversas regiões do globo. Pelo gráfico, 11 minutos após o abalo, as primeiras ondas já podiam ser detectadas na costa brasileira.
"Dezenas de casas foram destruídas e várias crianças foram soterradas quando os tetos de suas casas desabaram", disse o médico Jean-Done Owali à Associated Press.
Ele afirmou ter visto crianças sangrando levadas para um ambulatório.
"Moradores locais disseram que algumas pessoas morreram e outros ficaram feridos, mas não temos os números ainda", disse Michel Bonnardeaux, porta-voz do escritório da Organização das Nações Unidas que coordena a ajuda humanitária na capital do Congo, Kinshasa, à agência Reuters.
A maioria das casas da região é feita de barro.
Grande parte do leste do Congo foi arrasada por uma guerra civil nos últimos anos e oferece uma infra-estrutura precária.
"Um terremoto desta magnitude poderia facilmente causar muitos danos", diz disse Andrzej Kijko, sismólogo-chefe do centro sul-africano Geoscience.
"Mas eu imagino qual a infra-estrutura que eles têm nesta região. Pode não existir muito a ser destruído."