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Fragmentos de satélite-espião são são vistos no céu do Pacífico

Quinta-feira, 21 fev 2008 - 10h51
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O satélite-espião USA 193, que estava prestes a re-entrar na atmosfera terrestre foi atingido com sucesso por um míssil do tipo SM-3 (Standard Missile-3), no início desta madrugada de quinta-feira. As informações foram confirmadas pelo departamento de defesa dos EUA.


Acima: Vídeo do Pentágono mostra o lançamento do míssil e destruição do satélite.

O míssil foi disparado às 00h26 (hora de Brasília) a partir do navio USS Lake Erie da marinha americana, em atividade na costa oeste do Havaí e de acordo com a rede de TV CNN, após ser atingido o satélite se rompeu em mais de 80 fragmentos. A rede não informou como esses dados foram levantados.

Em Columbia Britânica, no oeste do Canadá, um grupo de astrônomos que acompanhavam o eclipse total da Lua reportou uma grande quantidade de fragmentos movendo-se em elevada altitude no sentido nordeste. "Era uma trilha de fragmentos que parecia vir em ondas. A primeira onda era muito mais intensa e brilhante do que as outras", disse Brian Battersby, astrônomo da Sociedade Astronômica do Canadá e que presenciou o fato.

No momento do impacto o satélite e o míssil viajavam a uma velocidade de aproximadamente 35 mil km/h.

De acordo com o governo dos EUA, o motivo do disparo seria a destruição do tanque de combustível do satélite, mas ainda se sabe se o míssil cumpriu seu objetivo. Oficiais ligados ao Pentágono informaram que somente nas próximas 24 poderão responder se o tanque foi de fato destruído ou sobreviveu à re-entrada na atmosfera. A alegação dos EUA era de que o tanque, carregado com um combustível altamente tóxico chamado hidrazina, pudesse cair em uma área habitada.

Fotos: Em Haleakala, no Havaí, o astrofotógrafo Rob Ratkowski também testemunhou o momento em que os fragmentos puderam ser vistos. Bob fazia fotos do eclipse da Lua quando notou diversos fragmentos cruzando o céu havaiano. Bob acoplou sua câmera fotográfica a um telescópio refrator de 700 milímetros e começou a disparar. Na imagem superior observa-se uma tênue trilha de condensação deixada no horizonte, que Bob acredita seja formada por restos de vapor da hidrazina ainda persistentes na alta atmosfera. Na seqüência, diversos fragmentos fotografados em melhores condições de luminosidade cruzam o céu acima do Pacífico. Créditos das imagens: Rob Ratkowski.

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