A rocha entrou na atmosfera terrestre por volta das 19h07 BRT e cruzou parte da Região Sudeste do país vinda provavelmente do sul-sudeste no sentido Norte-Noroeste.
Em diversas cidades houve relatos da bola de fogo, inclusive na capital paulista. Testemunhas disseram que durante o tempo de observação a luz o objeto parecia variar do amarelo no início da trajetória ao branco-azulado nos momentos finais. Nenhum relato, no entanto, confirma a ocorrência de algum estrondo sônico.
Segundo a internauta Adnaloy Andrade, de Pouso Alegre, cidade localizada no sul de MG, a bola de fogo era tão grande e brilhante que chegou a pensar que ia cair sobre sua cabeça. Para Adnaloy, foi assustador e lindo ao mesmo tempo.
Uma análise inicial feita por Carlos Apodman Bella, ligado à BRAMON, mostra que a altitude final antes da fragmentação ficou abaixo de 38km , considerada bastante baixa para um meteoro.
A triangulação das imagens permitiu aos especialistas da BRAMON traçarem um shape aproximado da orbita do meteoro, revelando que antes de se chocar contra a alta atmosfera da Terra a rocha orbitava para além do planeta Marte, o que significa que pode ser um dos inúmeros fragmentos pertencentes ao Cinturão de Asteroides.
Com cerca de 16 câmeras ativas, a entidade vem obtendo um ótimo índice de registros de eventos de grande porte como este e a taxa de captura de bólidos tem sido de um por mês, o que supera largamente as expectativas iniciais.
Até final do ano as previsões apontam a implantação de mais 5 câmeras em todo território nacional, realizando uma cobertura sem precedentes dos eventos magníficos que eram subestimados nos céus brasileiros.
Se você tem interesse em participar da BRAMON e também quer montar uma estação de vigilância dos céus, entre em contato com a BRAMON através do email: bramon@bramon.com.br.