Pelo menos seis rios que nascem no Tibet são fundamentais para a vida da região: Yangtzé e Amarelo (China), Mekong (Vietnã), Indus (Paquistão), Brahmaputra (Bangladesh e Índia) e Ganges (Índia).
A Organização das Nações Unidas alerta que se nada for feito no sentido de reverter à emissão dos gases de efeito estufa, os glaciares do Tibet podem desaparecer no prazo de 30 anos.
Os especialistas calculam que o gelo está retrocedendo 20 metros a cada ano em determinadas partes do Himalaia. No período de 1961 a 2008, a temperatura média do platô tibetano subiu 0,32ºC a cada dez anos. Um aquecimento seis vezes mais rápido que o registrado nas demais regiões da China.
A segunda maior economia do mundo, ainda tem mais da metade de sua população vivendo no campo. São 720 milhões de pessoas que dependem da terra e do clima para sobreviver. O desaparecimento dos glaciares terá consequência devastadora.
Em um primeiro momento, o derretimento das geleiras vai provocar inundações e a elevação do nível dos rios, tendo impacto direto sobre a população ribeirinha. No futuro com a redução do fluxo da água, o abastecimento ficará comprometido o cenário é de secas severas.
Há três anos a China ultrapassou os Estados Unidos na emissão de gases poluentes que provocam o efeito estufa. Cerca de 70% da energia chinesa é gerada por meio da queima do carvão, o mais poluentes entre os combustíveis fósseis. Um número extremamente elevado se comparado a uma média de 30% no restante do planeta.