O intenso bólido cruzou o céu às 18h44 pelo horário de Brasília e de acordo com dados computados pela rede de observação de meteoros BRAMON, sobrevoou diversas cidades do Vale do Paraíba e Grande São Paulo.
Segundo Carlos Apodman Bella, ligado à BRAMON, o bólido se deslocava com uma baixa velocidade angular de cerca 10km/s e durante sua trajetória apresentou quatro explosões sendo que ao final apresentou uma clara fragmentação.
"Uma avaliação visual de seu comportamento durante a longa trajetória parece mostrar que ele possuía uma grande resistência à pressão exercida sobre ele, demorando a romper. Isto pode indicar que o corpo possuía uma alta densidade, talvez majoritariamente metálico", explicou Bella.
Os pesquisadores da BRAMON ainda estão analisando as imagens capturadas pelas estações de Campinas e Mogi das Cruzes, com o objetivo de determinar a massa e a altitude final antes do dark flight, fase em que o meteoro se "apaga" mas continua em queda livre.
Essa é a segunda vez em menos de dois meses que um meteoro de dimensões aparentemente grandes é registrado pelas câmeras da BRAMON sobre São Paulo. A primeira ocorreu em 12 de fevereiro, quando as câmera de vigilância de Mogi das Cruzes e São Sebastião detectaram uma grande bola de fogo cruzando grande parte do litoral norte paulista.
O evento foi registrado em foto pelo internauta Sergio Garcia e mostra um suposto objeto se fragmentando em vários pedaços.
Devido à grande diferença de tempo entre os dois eventos, é pouco provável que esteja relacionados. No caso de Varginha, os fragmentos parecem estar bem mais dispersos, lembrando a reentrada de possível lixo espacial.
Até final do ano as previsões apontam a implantação de mais 20 a 25 câmeras em todo território nacional, realizando uma cobertura sem precedentes dos eventos magníficos que eram subestimados nos céus brasileiros.
Se você tem interesse em participar da BRAMON e também quer montar uma estação de vigilância dos céus, entre em contato com a BRAMON através do email: bramon@bramon.com.br.