Desde o início de julho satélites de monitoramento de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já detectaram 303 focos de calor na região, mas até o momento nada foi feito pelas autoridades.
O pico do incêndio ocorreu no dia 30 de julho, mas ainda existem focos queimando. Achamos que o fogo tinha acabado na sexta-feira à noite, mas não acabou, afirmou Joelson Avelino Kinizokemaece, responsável pelo posto da Funai na reserva indígena.
A região é formada por uma vegetação de cerrado bem fechada, sem estradas ou aldeias nas proximidades, o que torna o acesso bem difícil. O Ibama diz que só pode intervir no caso após um pedido oficial da Funai , pois não pode entrar em terras indígenas sem autorização.
A Defesa Civil adota a mesma posição. Segundo o órgão existe pessoal e equipamento disponível para combater o incêndio, mas ressalta que terras indígenas são de responsabilidade do governo federal e que há restrições para entrar na reserva.
Até o início desta semana autoridades não tinham enviado homens para o combate ao focos de fogo e a fumaça. O fogo teria começado por moradores de uma aldeia vizinha chamada Quatro Cachoeira.