Com um custo estimado em 1.3 bilhões de dólares, o projeto ALMA é uma parceria internacional entre os EUA, União Europeia, Chile e países do leste asiático e deverá ser uma das principais ferramentas a serem usadas pelos cientistas no estudo da formação de planetas, estrelas e galáxias distantes.
Diferente dos telescópios ópticos terrestres convencionais ou espaciais como o Hubble, o ALMA não "olha" o céu no espectro da luz visível, mas em comprimentos de ondas mais longos compreendidos entre 0.3 e 9.6 milímetros. Essa região do espectro eletromagnético se localiza entre o infravermelho e as ondas de rádio e é também chamada de espectro milimétrico e sub-milimétrico, daí o nome ALMA, que significa "Grande Arranjo Milimétrico e Sub-milimétrico do Atacama" (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array)
A grande vantagem do radiotelescópio ALMA é poder estudar fenômenos cósmicos que são invisíveis nos comprimentos de onda da luz óptica, pois estão envoltos por nuvens de gás e poeira que bloqueiam a propagação luminosa, mas não as ondas eletromagnéticas detectáveis pelo ALMA.
Cada par de antenas constitui o bloco básico do sistema imageador, que permitirá ao arranjo gerar imagens de alta resolução próximas ou superiores a dos telescópios óticos.
Cada antena é separada por muitos quilômetros uma das outras e conectadas eletronicamente entre si formando diversos pares, cada um deles contribuindo com informações únicas. Em seguida, os sinais serão novamente combinados e formarão uma única imagem altamente detalhada do objeto em estudo.
Para combinar os dados coletados por cada sistema imageador, será utilizado um supercomputador de última geração capaz de realizar aproximadamente17 quatrilhões de cálculos por segundo.
Isso permitirá ao ALMA ver objetos celestes com nitidez muitas vezes superior aos melhores telescópios espaciais, além de complementar as observações que atualmente são feitas com interferômetros óticos, como o VLTI, também instalado no Chile.