Na tarde de 09 de janeiro 2015, uma grande bola de fogo vinda do espaço foi vista cruzando o céu de diversas cidades do Estado de São Paulo. Logo em seguida, um violento estrondo provocado pela onda de choque também foi ouvido por centenas de pessoas, sem que soubessem exatamente do que se tratava.
A explosão deixou uma espécie de rastro de fumaça, que se manteve visível por vários minutos sobre algumas regiões do interior paulista.
O evento poderia ter ficado apenas na curiosidade, mas a grande quantidade de avistamentos fez o pesquisador Carlos Eduardo Augusto de Pietro, ligado à Bramon, plotar sobre um mapa as observações mais críticas, que permitissem a ele traçar a possível rota e talvez um polígono da queda.
Além das observações visuais filtradas, Di Pietro também pesquisou dados meteorológicos, imagens de satélites e diversos frames do radar de Bauru, no interior de São Paulo, conseguindo reduzir bastante o local de busca, apontado como uma pequena propriedade na cidade paulista de Porangaba.
Zucoloto estava em Porangaba a pedido do dono sítio, pois o caseiro que estava sentado na varanda escutou uma estranha explosão e notou que algo tinha caído no chão, a cerca de 15 metros de distância. Alguns instantes depois ouviu um novo impacto, mas bem mais longe.
Ao vasculhar a área, o caseiro Júlio encontrou o meteorito caído na terra, a cerca de 25 centímetros de profundidade.
Ao chegarem ao sítio, Poltronieri e Zucolloto mostraram ao dono da propriedade o mapa com a possível localização da rocha, que ficou espantado com a precisão calculada. O local era a poucos metros do ponto do impacto.
As primeiras análises revelaram que o meteorito é um condrito com cerca de 6 centímetros de comprimento e aproximadamente 4.56 bilhões de anos, ou seja, um remanescente dos primeiros momentos da formação do Sistema Solar.
Agora, uma nova equipe da BRAMON deverá visitar o sítio ainda nesta semana e tentar localizar a segunda rocha que caiu nas proximidades.
Parabéns à BRAMON!