As tempestades ocorreram em março passado e foram divulgadas pela agência de notícias EFE nesta quarta-feira. As imagens, captadas pelo telescópio Hubble mostram o momento em que as tempestades têm início e a forma como elas se expandem, ocupando uma área de mais de 2 mil quilômetros em menos de 24 horas.
O espanhol Agustín Sánchez-Lavega, líder da equipe de cientistas responsável pela observação, afirma que as imagens apontam para novas pistas sobre os "mistérios que ocorrem sob as nuvens do Júpter".
As tempestades ocorreram na zona onde existe a corrente de vento mais intensa do planeta, conhecida como "jet streams" pelos cientistas. As tempestades se movem na velocidade máxima dessas correntes, cerca de 600 km/h, e produzem um rastro de redemoinhos com nuvens avermelhadas, formadas por um composto ainda não identificado pelos pesquisadores.
"O estudo da atmosfera de Júpiter, que é dez vezes maior que a Terra e possui um sistema de fortes correntes de vento e pode servir para adquirirmos um conhecimento muito maior dos processos terrestres", explica Sánchez-Lavega.
O resultado do trabalho realizado pela equipe de pesquisadores será publicado na próxima edição da revista Nature.