A costa oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico.
Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.
A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.
A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.
Conheça as falhas geológicas do Brasil
Foto: Acima, foto feita pela Universidade de Stanford mostra o reservatório com a estrada Interestadual 280 ao lado. Créditos:Nasa/Jet Propulsion Laboratory/ Universidade de Stanford/Apolo11.com. Nota: Este artigo foi originalmente publicado em 23 de jun de 2009 e atualizado em 28 de abril de 2017.